Rodrigo Félix

A era da Experiência

Aristipo, considerado pai do Hedonismo
 Vejo os anos passarem e as vezes me pego a pensar sobre o quão “rasos” estão os objetivos do ser humano. Muitos ao começarem a ler isso, logo se cansarão e nem ao menos se permitirão pensar a respeito de como estamos levando nossas vidas, ou pelo menos, achando que que se tem algum controle sobre as “experiências” que incessantemente buscamos o tempo todo.

Dias atrás em meio a correria do trabalho, parei para almoçar em um shoping e percebi ao meu lado, um rapaz bem novo almoçando com sua mãe. No tempo que estive ali não o vi trocar uma só palavra com a senhora que em silencio se alimentava. Passados quase meia hora se achega a mesa, um amigo de trabalho do rapaz e ele prontamente conversa calorosamente por um tempo, explicando inclusive, que aquele era o dia de passear com sua mãe. O amigo se despede e o silencio volta a tomar conta do local.
Observando aquela cena, percebi que estamos caminhando para relações e consumos onde a “minha experiência” vale muito mais que a alegria e o real objetivo do que propomos. O que quero dizer nesse caso é: cumprir um papel de “bom moço” tem o objetivo de priorizar a minha necessidade de compensação e não está nem um pouco conectada com sua própria finalidade.
Vivemos a era da “experiência” onde tudo precisa ser altamente potencializado para que nossa sensação de sermos o CENTRO de tudo, nos complete de alguma maneira.
Isso interfere até na religiosidade, pois o “deus” que me dá as bênçãos me deixa passar despercebido, que o resultado da minha religiosidade se dá em mim mesmo e nas minhas próprias vontades. Essa é a “Experiência” da religião, que de uma maneira muito subliminar, te leva sem perceber, a se tornar um “deus” dos seus próprios caprichos.
Ah e onde fica Jesus nisso tudo?
No mesmo lugar de sempre: Filho, simples, humilde, manso de coração, considerando o outro maior e justamente na contramão da nossa eterna busca por “experiências”
Ele é mais que uma experiência, Ele é uma verdade transformadora!
Felipenses 2:5-8

Até a próxima!

RF


Velhas Verdades


Ouvi por aí uma vez, uma frase que dizia: “A mentira é uma senhora, que prefere morrer de velhice”. Analisando bem, percebi uma certa profundidade nessa frase.

A vida adulta prevê que, para seguirmos a linha do “socialmente aceitável”, algumas coisas a respeito da nossa vida e privacidade devem ser omitidas, pois algumas delas, são sérias demais para se expor. Nossas omissões se tornam mentiras que guardamos por anos, quem sabe, até o dia da nossa morte.

Todas as vezes que nos deparamos com dilemas que serão difíceis de lhe dar, nossa primeira opção é se esconder, fugir ou simplesmente pensar que não precisamos falar/fazer nada a respeito.

Tenho visto amigos de perto e de longe, sendo despedaçados emocionalmente por tantas pendencias, mentiras, traumas, relações tóxicas, entre outras, simplesmente por terem percebidos nesses dias que, a qualquer momento podemos perder amigos repentinamente ou até mesmo perder nossa própria vida.

Em Salmos vemos Davi dizendo: “Em quanto calei meu pecado (Mentira), meu corpo adoeceu” Salmos 32-3:5

Quando converso com alguns desses, percebo a dificuldade e o medo que as pessoas tem de se expor e pagar um preço alto, que chamam de RECOMEÇO.

O ato de reconhecer nossas fragilidades nem sempre vão nos levar a um recomeço, é preciso mais do que isso, é necessário se arrepender.

Arrependimento genuíno, nos leva a mudança de comportamento, e essa maturidade não está associada a pensar em quem está certo ou errado dentro de cada situação. As vezes o preço de assumir verdades indesejadas são as perdas, que passam a ser inevitáveis.

Minha dica é: Viva em VERDADE!

Liberte-se das prisões que as omissões e mentiras construíram em sua mente e coração.

RECOMEÇOS não são punições nem atrasos, são oportunidades de se aprender a recalcular a rota e viver a vida de maneira mais leve, com a personalidade única que Deus te criou para ter!

Viva e reflita mais do que nos fatos em si, mais sobre algo que pode nos transformar, Deus, a bíblia e a suas VELHAS VERDADES!


No país das maravilhas!

Quando ouvimos por aí:
"nem tudo é como a gente imagina" fica a impressão de que iludir/ludibriar, é um verbo utilizado só na terceira pessoa.

O "mundo perfeito" esta sendo editado nesse momento em lugares tão tristes que não fazemos ideia.

Até os elogios ultimamente, vem carregados de "sedução" e maquiam a absoluta carência por trás da busca por uma recíprocidade.

Ah! então o que eu faço?
Seja autêntico! Experimente dizer alguns nãos, não se omita e faça tudo isso com a base fundamental das relações que é: "ame ao próximo como a ti mesmo"

E por favor, não pague de "super man", no entanto, não seja escravo de suas limitações.

Segue a vida... (sem edições, de preferência)

"Assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e os nossos corpos lavados com água pura"
Hb 10:22


Reciprocidade


Tenho pensado muito sobre reciprocidade ultimamente. Acho que eu desenvolvi ao longo do tempo, uma ideia equivocada a respeito desse tema.

Talvez minha fé tenha atrapalhado um pouco o conceito da reciprocidade diante das pessoas, uma vez que em Deus realmente o significado da palavra não se aplica, pois nunca conseguirei ser recíproco em dedicação como Ele(Jesus) foi.

A pergunta é: será realmente possível viver a vida em harmonia e propósito diante das pessoas, sem esperar algum retorno, mesmo que involuntariamente?

Nossa vida se dá em uma sociedade onde analisamos tudo o que damos e o que recebemos em troca. Gastamos tempo avaliando o que o outro nos devolve em troca da nossa dedicação. Transformamos a reciprocidade em uma moeda de troca, em tudo na vida, seja relacionamentos com pessoas, projetos profissionais etc...
Certamente isso vai nos fazer sofrer, pois às vezes recebemos muito menos do que damos e por fim, sentimos-nos injustiçados e insatisfeitos com as nossas relações.

Chego a conclusão que reciprocidade não é um sofrimento se  conseguirmos perceber que é possível desfrutar nossos relacionamentos, e fazer deles também uma base para construir maturidade e experiência em nós.

Na maioria das vezes nosso inconsciente tende a  nos fazer pensar que uma vez cuidando de algo ou alguém, quando for eu o necessitado, isso também acontecerá em uma espécie de “lei de retorno” ou coisa do tipo.

Nossas frustrações vão inevitavelmente acontecer, mais que elas sejam frutos de uma escolha madura de “desejar” ajudar ou se envolver, e não pela recíproca que pré-supomos.
Incansavelmente e mais uma vez, volto o meu olhar para a conduta de Jesus, meu maior exemplo e vejo:

todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo; e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo a todos 

Marcos 10:43-44

Jesus insiste em me dizer: reciprocidade? Faça tudo ao contrário, eu nunca disse que seria fácil...

Nem sei mais o que escrever...
Até breve

RF


O que vão pensar de mim?

O que vão pensar de mim?

Você já se pegou pensando, momentos antes de tomar uma decisão: O QUE VÃO PENSAR DE MIM?

Pois é, isso é muito comum a maioria das pessoas, e até para aqueles que vão ler isso e dizer: “TO NEM AÍ PARA OS OUTROS”, esses sem perceber, também estão trabalhando para a construção de uma afirmação diante das pessoas.

As perguntas que precisamos fazer a nos mesmos é? Por que faço o que faço? Quais são minhas reais motivações? Estou sendo sincero ou trabalhando para construir nas pessoas a minha volta uma imagem aceitável?

Seja autêntico, Deus te fez assim. Deus ama a sinceridade.

Faça um teste. Quando você ajuda alguém, você é o tipo de pessoa que fica lembrando isso sempre? Caso seja esse o seu caso, isso significa que não esta sendo feito em sinceridade, pois tudo que flui da sua natureza é involuntário, é parte de quem você é, e passa despercebido.

Não cobre gratidão das pessoas, faça da sua vida uma expressão de gratidão.

Esse exercício é poderoso para quem antes de agradar as pessoas, preza por agradar a Deus.
As pessoas serão inevitavelmente alcançadas por essa revelação, serão amadas por você, exatamente como Deus as ama.

RF


Emoções instáveis, Ansiedade e Depressão


Certa vez fui indagado por um antigo chefe, sobre os “acontecimentos trágicos” na minha vida. Fiquei surpreso com o fato de que essa pessoa insistentemente me pressionava a pensar que meus pensamentos a respeito de quem Deus é, e Sua infinita bondade, era apenas uma fuga ou um subterfúgio para minimizar os traumas que me ocorreram ao longo da vida.

Fiquei incomodado a primeiro momento, mais depois cheguei à conclusão de que Deus é sim um refúgio para mim e isso é uma virtude.
Percebi que havia em mim, um senso comum a cerca de “dependência” que todo ser humano lúcido, tenta fugir hoje em dia. Criamos a ilusão de que quanto mais independente nos tornarmos, mais felizes podemos ser. O resultado disso, são nossas emoções causando desastres e estampando jornais e revistas pelo mundo a fora, todos os dias.

Qual é o problema e ser dependente? Não estou falando aqui de infantilidades comportamentais, estou falando da beleza de se permitir ser ajudado. Insistimos em pensar que a solitude é sim remédio para nossas emoções. Penso que nosso orgulho será sempre o maior motivo de regredirmos em uma vida emocionalmente equilibrada.

Uma mente saudável precisa considerar a adversidade, a frustração, a perda e tantos outros percalços do nosso cotidiano. Precisamos entender que o confronto sempre nos fará mais forte e que isso é parte da aventura do existir.

Negar a isso é justamente a infantilização que faz com que percebamos hoje uma geração inquieta, exageradamente emotiva e estática.



DEPRESSÃO  (FIQUE ATENTO)
Dicas para lidar com a depressão de amigos e parceiros

1 Incentive o tratamento
Procurar a ajuda profissional deve ser o primeiro passo para enfrentar o problema. Quanto mais cedo o tratamento médico começar, as chances do quadro depressivo se agravar diminuem. É comum que indivíduos que sofrem de depressão entrem em um estado de negação em relação à doença, dificultando o diagnóstico e o tratamento. Por esse motivo, mantenha-se disposto para acompanhar a pessoa nas consultas e dê todo o suporte possível durante o processo.

2 Estude sobre o assunto
Pesquisar sobre o tema e entender as diversas maneiras que a doença costuma agir te dará ferramentas e te deixa preparado para enfrentar esse momento. Informe-se.

3 Seja um bom Ouvinte
Encoraje a pessoa a falar sobre seus sentimentos e faça um exercício para ouvi-la sem julgamentos. Ações como essas são importantes para que a pessoa se sinta acolhida.

4 Não se responsabilize
Tome cuidado com a tendência a se culpar. Só é possível ajudar alguém quando nos sentimos bem com nós mesmos. Portanto, não pense que você possui responsabilidade sobre o estado emocional e psicológico do outro. Ofereça apoio e demonstre que você se importa, mas é importante admitir que você não é capaz de “curar” o outro – essa melhora só será possível com um conjunto de esforços que não estão apenas nas suas mãos.

5 Não ultrapasse seus próprios limites
Mesmo que a pessoa  esteja passando por um momento difícil, você continuará tendo suas necessidades. Fale honestamente como você se sente e sobre o que é capaz ou não de fazer. Procure não prometer nada que não consiga cumprir e tenha cuidado para não se anular por conta da relação. Ao ter atitudes como essas você poderá reforçar a dependência emocional, dificultando sua melhora.


“Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença”
Salmos 42:5


Até a próxima!

RF



Sobre ser Exemplo


Olá! Quanto tempo hein? Prometo que não vou mais me desculpar por passar bastante tempo sem escrever por aqui. Nossas obrigações e prioridades acabam por tomar bastante tempo, e convenhamos, precisamos entender que o tempo que dedicamos a internet precisa ser sempre reavaliado, a fim de priorizarmos o que realmente precisa ser cuidado.
No meu caso, estou falando sobre minha família, meu lar.

Cresci em uma casa humilde, mais muito funcional. Meus pais tiverem quatro filhos, dois meninos e duas meninas e apesar dos dilemas por falta de condições financeiras, acredito que como filhos, fomos supridos não só com a provisão material (mínima), mais também fomos cuidados do ponto de vista emocional.

Nunca fomos uma casa perfeita, me lembro de meus pais passarem por períodos de graves divergências e penso que inevitavelmente em algum momento a relação dos dois se estremeceu. Éramos pequenos demais para entender tudo o que realmente acontecia, no entanto, esse tempo passou e tudo voltou a ficar firme novamente. Digo isso, pois, precisamos entender que nossas estruturas são feitas para resistir aos tremores da vida, e quase sempre a maneira que reagiremos nesse período, definirá muito do nosso futuro.

Olhando lá para trás, para minha infância e para os modos dos meus pais, acredito realmente que um lar funcional define destinos.
Mesmo que de uma maneira muito humilde, às vezes sem muita sabedoria, meu pai cumpria um papel de líder na minha casa, ele protegia, supria e mesmo sem saber nos dava destino.

Lembro-me de uma ocasião na minha adolescência, onde no meu primeiro emprego, trouxe para casa uma tesoura que encontrei no lixo do escritório onde trabalhava e rapidamente quis leva-la para casa, pois, era possível reutiliza-la.
Quando cheguei em casa, todo feliz mostrei para ele, e a primeira pergunta que meu pai me fez foi:
Você perguntou para alguém se podia trazer? Eu me defendi dizendo que não havia necessidade, afinal, estava no lixo. Ele então me fez devolver a tesoura no outro dia e colocar no mesmo lixo que eu havia encontrado.
Na época fiquei revoltado por que não fazia sentido algum para mim, e mesmo contrariado fiz o que ele me pediu, para que assim eu evitasse até mesmo uma possível correção mais enérgica (Risos).

Hoje entendo que ele estava me dando destino...

Ser um homem é uma missão. Ser pai/esposo é um propósito! Quando nasce uma família, nasce um propósito. 
No livro de Genesis, no capitulo 2, a bíblia conta que depois que Deus criou tudo, Ele percebeu que para o homem faltava um par, então da costela do homem criou a mulher pois viu que isso era bom.
Isso quer dizer que nunca seremos completos sem família.
Quer dizer que todo o propósito de eternidade de Deus para a humanidade, passa inevitavelmente pela família.
Quando Deus reorganiza a terra com um dilúvio, ele usou uma família (Noé) Gen. 6.
Quando Ele novamente envia Jesus, seu primeiro milagre foi em um casamento Jo 2:1, ou seja, na celebração de inicio de uma família.

Se nos espelhamos nas coisas do alto, precisamos rever o conceito que temos de família, tendo em mente a revelação de que o propósito para eternidade começa nesse lugar.
Assim, como homens sadios, vamos poder agir como o Pai nos ensinou, dando a nossa casa:

PROTEÇÃO! (Leia: Salmos 33:20)
PROVISÃO! (Leia: Filipenses 4:19)
DESTINO! (Leia: Marcos 16:15)


Até breve!

RF


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