Tenho pensado muito sobre
reciprocidade ultimamente. Acho que eu desenvolvi ao longo do tempo, uma ideia equivocada a respeito desse tema.
Talvez minha fé tenha atrapalhado
um pouco o conceito da reciprocidade diante das pessoas, uma vez que em Deus
realmente o significado da palavra não se aplica, pois nunca conseguirei ser recíproco
em dedicação como Ele(Jesus) foi.
A pergunta é: será realmente
possível viver a vida em harmonia e propósito diante das pessoas, sem esperar
algum retorno, mesmo que involuntariamente?
Nossa vida se dá em uma sociedade
onde analisamos tudo o que damos e o que recebemos em troca. Gastamos tempo
avaliando o que o outro nos devolve em troca da nossa dedicação. Transformamos
a reciprocidade em uma moeda de troca, em tudo na vida, seja relacionamentos
com pessoas, projetos profissionais etc...
Certamente isso vai nos fazer
sofrer, pois às vezes recebemos muito menos do que damos e por fim, sentimos-nos injustiçados e
insatisfeitos com as nossas relações.
Chego a conclusão que
reciprocidade não é um sofrimento se conseguirmos perceber que é possível desfrutar
nossos relacionamentos, e fazer deles também uma base para construir maturidade
e experiência em nós.
Na maioria das vezes nosso inconsciente
tende a nos fazer pensar que uma vez
cuidando de algo ou alguém, quando for eu o necessitado, isso também acontecerá
em uma espécie de “lei de retorno” ou coisa do tipo.
Nossas frustrações vão
inevitavelmente acontecer, mais que elas sejam frutos de uma escolha madura de “desejar”
ajudar ou se envolver, e não pela recíproca que pré-supomos.
Incansavelmente e mais uma vez,
volto o meu olhar para a conduta de Jesus, meu maior exemplo e vejo:
“todo o que
quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo; e todo o que entre vós
quiser ser o primeiro, seja escravo a todos”
Marcos 10:43-44
Jesus insiste em me dizer:
reciprocidade? Faça tudo ao contrário, eu nunca disse que seria fácil...
Nem sei mais o que escrever...
Até breve
RF
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