Começo o texto de hoje com uma pergunta:
Da
onde vem à necessidade de reconhecimento que existe em nós?
O
grande tabu é concordar que esse sentimento é comum em meio a todos sem exceção, mesmo que
às vezes ele pareça estar maquiado em discursos genéricos de humildade.
As
questões que tenho pensado são: até onde é importante o reconhecimento em nosso
coração? Existe uma maneira sadia de conviver com isso?
O
reconhecimento trás consigo uma sensação do dever cumprido, status e sobre tudo
do prazer, a famosa “dopamina” que sempre preenche nossa mente de forma
agradável.
Sempre
que somos surpreendidos de alguma maneira, sendo de forma positiva ou não,
nossa mente identifica as sensações e a partir daí, percebemos alguns
sentimentos comuns como alegria, prazer, tristeza, medo e tantos outros.
Mais gostaria de enfatizar o sentimento do reconhecimento, que aliás, é
ótimo.
Ao ser reconhecido em algo que corresponde às nossas expectativas,
sentimos uma onda de bem-estar. Essa sensação é resultado da ação do nosso
cérebro em perceber o prazer.
Os sistemas cerebrais que mais interferem o nosso comportamento são os
que nos levam a satisfazer as necessidades mais básicas (alimentação, reprodução
e proteção). O prazer é o meio que assegura essas funções. Nossa mente também encontra
prazer em situações onde ela percebe a métrica da recompensa.
“ Na década de 50, os
fisiologistas ingleses James Olds e Peter Milner fizeram uma experiência sobre
o circuito da recompensa: eles implantaram, no núcleo accumbens do cérebro de ratos,
eletrodos ligados a uma alavanca que o roedor podia acionar. Percebendo a
satisfação dos roedores em acionar a alavanca que liberava uma substancia de
prazer, fizeram isso por tantas vezes esquecendo até mesmo de funções básicas
como comer”
(Mente&Cerebro “Scientific American”
2011 ) .
O prazer se tornou a coisa mais importante para eles ao perceber que
podiam obtê-lo através de um simples acionar de um botão. Isso
respalda a convicção que temos na busca desenfreada das pessoas em obter prazer
a qualquer custo, fazendo disso muito mais importante que qualquer outra coisa,
muitas vezes colocando até mesmo nossa saúde física e mental em risco.
É
nesse ponto que percebo que tudo que em nossa vida se torna exagerado e
obsessivo passa rapidamente a nos controlar, e por fim, roubar lugares importantes
em nossa mente e coração. Que não seja confundida a questão de ter metas e objetivos, pois a conquista é natural ao que a busca, no entanto, ela não pode ser obtida a qualquer custo.
Por
isso eu tenho andado atento, não somente ao que me desagrada, mais
principalmente com o que me cativa, pois o que mais preciso sem duvida é do equilíbrio
que só o doce Espírito Santo pode me dar, ele nos leva a lugares onde nada do
que é terreno nos encontra.
“Mas todos nós, com
rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor” (2 Coríntios 3:18)
Que
possamos entender que nossa vida no Reino de Deus, é ser eternos coadjuvantes,
pois para todo o sempre a Glória é do Senhor!
Até a próxima!
RF
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