Rodrigo Félix: A corrida pelo Reconhecimento

A corrida pelo Reconhecimento




Começo o texto de hoje com uma pergunta: 
Da onde vem à necessidade de reconhecimento que existe em nós?

O grande tabu é concordar que esse sentimento é comum em meio a todos sem exceção, mesmo que às vezes ele pareça estar maquiado em discursos genéricos de humildade.
As questões que tenho pensado são: até onde é importante o reconhecimento em nosso coração? Existe uma maneira sadia de conviver com isso?

O reconhecimento trás consigo uma sensação do dever cumprido, status e sobre tudo do prazer, a famosa “dopamina” que sempre preenche nossa mente de forma agradável.

Sempre que somos surpreendidos de alguma maneira, sendo de forma positiva ou não, nossa mente identifica as sensações e a partir daí, percebemos alguns sentimentos comuns como alegria, prazer, tristeza, medo e tantos outros.

Mais gostaria de enfatizar o sentimento do reconhecimento, que aliás, é ótimo. 
Ao ser reconhecido em algo que corresponde às nossas expectativas, sentimos uma onda de bem-estar. Essa sensação é resultado da ação do nosso cérebro em perceber o prazer.

Os sistemas cerebrais que mais interferem o nosso comportamento são os que nos levam a satisfazer as necessidades mais básicas (alimentação, reprodução e proteção). O prazer é o meio que assegura essas funções. Nossa mente também encontra prazer em situações onde ela percebe a métrica da recompensa.

“ Na década de 50, os fisiologistas ingleses James Olds e Peter Milner fizeram uma experiência sobre o circuito da recompensa: eles implantaram, no núcleo accumbens do cérebro de ratos, eletrodos ligados a uma alavanca que o roedor podia acionar. Percebendo a satisfação dos roedores em acionar a alavanca que liberava uma substancia de prazer, fizeram isso por tantas vezes esquecendo até mesmo de funções básicas como comer”

(Mente&Cerebro “Scientific American” 2011 ) .


O prazer se tornou a coisa mais importante para eles ao perceber que podiam obtê-lo através de um simples acionar de um botão. Isso respalda a convicção que temos na busca desenfreada das pessoas em obter prazer a qualquer custo, fazendo disso muito mais importante que qualquer outra coisa, muitas vezes colocando até mesmo nossa saúde física e mental em risco.

É nesse ponto que percebo que tudo que em nossa vida se torna exagerado e obsessivo passa rapidamente a nos controlar, e por fim, roubar lugares importantes em nossa mente e coração. Que não seja confundida a questão de ter metas e objetivos, pois a conquista é natural ao que a busca, no entanto, ela não pode ser obtida a qualquer custo.

Por isso eu tenho andado atento, não somente ao que me desagrada, mais principalmente com o que me cativa, pois o que mais preciso sem duvida é do equilíbrio que só o doce Espírito Santo pode me dar, ele nos leva a lugares onde nada do que é terreno nos encontra.

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Coríntios 3:18)


Que possamos entender que nossa vida no Reino de Deus, é ser eternos coadjuvantes, pois para todo o sempre a Glória é do Senhor!

Até a próxima!

RF


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